{"id":982,"date":"2019-07-04T17:30:14","date_gmt":"2019-07-04T20:30:14","guid":{"rendered":"https:\/\/www.linecoaching.com.br\/blog\/?p=982"},"modified":"2019-11-05T15:35:10","modified_gmt":"2019-11-05T18:35:10","slug":"a-voz-que-eu-nao-ouvi-quando-prestei-vestibular","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.lineinstituto.com.br\/blog\/a-voz-que-eu-nao-ouvi-quando-prestei-vestibular\/","title":{"rendered":"A voz que eu n\u00e3o ouvi quando prestei vestibular"},"content":{"rendered":"Tempo de leitura:<\/span> 4<\/span> minutos<\/span><\/span>

17 anos. Essa \u00e9 a idade m\u00e9dia das pessoas que est\u00e3o finalizando o per\u00edodo escolar e prestando vestibular para definir a carreira que pretendem seguir para o resto da vida… 17 anos!<\/span><\/p>\n

Com 17 anos estava eu, em Londrina, precisando tomar uma decis\u00e3o que me preocupava muito. E por mais que hoje eu tenha uma outra percep\u00e7\u00e3o sobre isso, naquele momento eu s\u00f3 pensava que uma decis\u00e3o errada poderia custar anos da minha vida e que eu me arrependeria amargamente<\/strong>.<\/span><\/p>\n

Para algumas pessoas, assinalar o curso pretendido n\u00e3o \u00e9 um \u201cbicho de sete cabe\u00e7as\u201d. Algumas encontram sua voca\u00e7\u00e3o muito cedo, embora seja dif\u00edcil nesses casos que n\u00e3o tenha havido uma influ\u00eancia externa (o que por si s\u00f3 n\u00e3o \u00e9 problema – mas isso \u00e9 assunto para outra hora). No entanto, no meu caso\u2026 Eu n\u00e3o tinha a menor ideia do que eu queria\u2026\u00a0<\/span><\/p>\n

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Lembro que eu buscava ajuda da minha m\u00e3e, queria ouvir a opini\u00e3o dela, por\u00e9m ela se limitava a dizer que essa decis\u00e3o cabia a mim e que n\u00e3o queria me influenciar. A inten\u00e7\u00e3o era boa, mas confesso que me deixava mais nervoso, porque at\u00e9 ent\u00e3o eu sentia que ela me conhecia mais do que eu mesmo e, ent\u00e3o, esperava dela uma \u201cresposta\u201d.\u00a0<\/strong><\/span><\/p>\n

Comecei a ler v\u00e1rias coisas, falar com v\u00e1rias pessoas, enquanto o prazo de inscri\u00e7\u00e3o do vestibular ia se esgotando. Eu sinto que esperava a resposta vir de algum lugar, que algu\u00e9m fosse me falar o que era certo fazer. E, sabe o que \u00e9 mais louco? Eu jamais busquei a resposta dentro de mim mesmo. Nunca tinha parado, em sil\u00eancio, para analisar o que eu me visualizava fazendo no futuro, o que eu amava fazer, o que eu faria mesmo se n\u00e3o fosse pago para isso\u2026<\/span><\/p>\n

N\u00e3o, com 17 anos a minha vontade era fazer o que eu tivesse facilidade e que pudesse me garantir algum retorno financeiro, verdade seja dita. Por gostar de ler e escrever, mas ser p\u00e9ssimo em exatas, \u201celiminei\u201d v\u00e1rios cursos. Pensei em Letras, Jornalismo, Rela\u00e7\u00f5es P\u00fablicas, Administra\u00e7\u00e3o\u2026 Escolhi o \u201cDireito\u201d.<\/span><\/p>\n

Eu acredito que a escolha foi tamb\u00e9m uma forma de remediar a minha indecis\u00e3o. Eu pensava: \u201cah, Direito \u00e9 um curso que n\u00e3o \u00e9 jogado fora, vale para a vida (como se v\u00e1rios outros tamb\u00e9m n\u00e3o valessem)\u201d ou, ainda, \u201cDireito tem muito campo de trabalho, s\u00f3 de concurso tem uma infinidade, depois eu escolho melhor\u201d.<\/span><\/p>\n

Pois \u00e9, hoje lembrando disso eu percebo que a minha justificativa ao decidir o curso, apenas evidenciava o quanto eu n\u00e3o estava certo da minha decis\u00e3o. A escolha foi quase como afirmar \u201cdos males, o menor\u201d. Isso porque estamos falando da carreira que, teoricamente, eu deveria perseguir por toda a vida e me sentir realizado profissionalmente<\/strong>.<\/span><\/p>\n

Fiz o curso, me formei e, bom, como voc\u00ea pode perceber, essa n\u00e3o \u00e9 uma pe\u00e7a jur\u00eddica, nem estou escrevendo para um escrit\u00f3rio. N\u00e3o me arrependo do que fiz, acredito que tudo que vivi foi bem v\u00e1lido. Mas, de verdade, n\u00e3o queria que essa escolha fosse um fardo t\u00e3o grande para uma pessoa de 17 anos.<\/span><\/p>\n

E a minha ideia aqui n\u00e3o \u00e9 exatamente criticar o sistema educacional ou algo do tipo. \u00c9 que, somente agora, eu percebo que a minha falta de autoconhecimento tornou o processo ainda mais dif\u00edcil<\/strong>. Eu precisava que a minha fam\u00edlia, a escola, meus professores me mostrassem a \u201cluz no fim do t\u00fanel\u201d, porque eu mesmo n\u00e3o parava para pensar sobre isso, para analisar minhas habilidades, minhas perspectivas, interesses\u2026<\/span><\/p>\n

Eu n\u00e3o conseguia ouvir minha voz interior em meio a tantas outras vozes e opini\u00f5es que pairavam na minha cabe\u00e7a<\/strong>\u2026 Pode parecer contraintuitivo, mas para ouvir a si mesmo \u00e9 preciso do sil\u00eancio, para conseguirmos fazer, conscientemente, uma an\u00e1lise dos nossos medos, sonhos, pontos fortes e a desenvolver, dentre v\u00e1rias outras coisas. Isso \u00e9 autoconhecimento. E a profiss\u00e3o a ser escolhida tem tudo a ver com isso.<\/span><\/p>\n

\u00c9 evidente que escolher um curso por achar que \u201cd\u00e1 mais dinheiro (ou status)\u201d \u00e9 pedir para se frustrar. Mas eu digo isso hoje. Com 17 anos eu n\u00e3o admitia que escolheria o Direito porque imaginava que poderia obter isso mais facilmente, se comparado a outros. Contudo, a verdade \u00e9: nenhum curso pode garantir qualquer coisa! Tudo depende de voc\u00ea<\/a>.<\/strong><\/span><\/p>\n

Em qualquer \u00e1rea teremos pessoas bem-sucedidas e pessoas mal-sucedidas, essa \u00e9 a vida. O que determina isso \u00e9 a pessoa, e n\u00e3o o curso. E, claro, ter sucesso pode ou n\u00e3o estar relacionado a dinheiro<\/a>, depende do que \u00e9 sucesso para voc\u00ea<\/strong>. Mas, perceba: tudo isso est\u00e1 diretamente ligado ao autoconhecimento, percep\u00e7\u00e3o esta que eu n\u00e3o tinha e que diariamente preciso buscar. Afinal, estamos em constante mudan\u00e7a.<\/span><\/p>\n

Aquilo que eu gostava, hoje n\u00e3o gosto mais, aquilo que eu queria, hoje n\u00e3o quero mais – e o contr\u00e1rio tamb\u00e9m \u00e9 verdade. Nossas prioridades, medos, planos, sonhos mudam \u00e0 medida em que amadurecemos. Portanto, sem a busca constante do autoconhecimento, eventualmente voc\u00ea pode se perder<\/strong>. E como eu disse, quando j\u00e1 estamos perdidos, buscamos a resposta \u201cfora\u201d e n\u00e3o \u201cdentro\u201d.<\/span><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Da\u00ed o meu apelo: voc\u00ea que j\u00e1 fez escolhas sem levar em conta o autoconhecimento e se arrependeu, pode ajudar algu\u00e9m que esteja passando por um per\u00edodo de decis\u00e3o importante. Talvez seja um filho, um aluno, um funcion\u00e1rio, um colega, enfim. N\u00e3o se contente em apenas dar sua opini\u00e3o ou dizer para que ela descubra sozinha. Estimule e facilite o autoconhecimento. Pergunte sobre seus anseios, inten\u00e7\u00f5es, perspectivas, habilidades e o que ela ganha ou perde se tomar ou n\u00e3o a decis\u00e3o. Talvez nem mesmo voc\u00ea saiba responder a essas perguntas, nesse caso, fa\u00e7a tamb\u00e9m esta reflex\u00e3o<\/strong>.<\/span><\/p>\n

Voc\u00ea vai perceber que, quando faz isso, a pessoa indecisa pode se dar conta de coisas que eram claras para voc\u00ea, mas que, se voc\u00ea tivesse simplesmente dito sua opini\u00e3o (sem faz\u00ea-la se questionar), n\u00e3o se tornariam t\u00e3o claras para ela e n\u00e3o teria surtido o mesmo efeito. Isso porque quando voc\u00ea faz algu\u00e9m refletir e responder, n\u00e3o ser\u00e1 apenas mais uma nova voz que a pessoa indecisa vai ouvir<\/strong>, mas sim a principal delas, a que vem de dentro e que s\u00f3 pode ser ouvida quando h\u00e1… (adivinha?) autoconhecimento!<\/span><\/p>\n

Jo\u00e3o Lucas Cortez.<\/strong><\/em><\/p>\n

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